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26/12/2012
Perspectivas para as commodities em 2013 são favoráveis.
por: Redação da SouAgro

As perspectivas são favoráveis para a maior parte do agro brasileiro em 2013, segundo o estudo anual “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2013”, realizado pela área de pesquisa do banco holandês Rabobank. “De maneira geral, a saúde do agronegócio brasileiro tende a continuar em boas condições ao longo de 2013.

No entanto, alguns setores merecem um pouco mais de atenção, como o caso de algodão, suínos e aves”, explica Guilherme Melo, analista da equipe de Pesquisa e Análise Setorial do banco.
Do ponto de vista internacional e macroeconômico, a dificuldade dos países desenvolvidos em sair da crise faz de 2013 um ano pouco promissor, na visão do economista-chefe do Rabobank, Robério Costa. Já o Brasil, segundo a análise do banco, deve crescer mais em 2013 do que em 2012, porém ainda aquém de sua capacidade. O estudo também aponta um fluxo cambial ligeiramente negativo em 2013, o que facilitará a tarefa do governo de manter um patamar estável, em torno de R$ 2,05/US$.


O material contempla as principais tendências para os mercados de fertilizantes, açúcar, etanol e cana, café, algodão, soja, milho, carne bovina, frango e carne suína. Confira as perspectivas de cada cadeia:


Fertilizantes
A expectativa de preços firmes para as commodities ainda deve sustentar a demanda global por fertilizantes e impedir a desvalorização exagerada no mercado. Entretanto, a instabilidade nas compras de importantes consumidores deve ser uma característica ainda presente em 2013 e é possível que haja grande volatilidade nas cotações internacionais.
Novas capacidades de produção podem provocar maiores excedentes em 2013, com destaque para os nitrogenados. No mercado interno, o aumento mais tímido de área de produção deve fazer com que o crescimento da demanda seja ligeiramente inferior ao de 2012.
Para a indústria, a antecipação nas compras e disputa por preços ao nível do agricultor devem ser características ainda bastante presentes em 2013. A cadeia deve estar preparada para períodos de grande variação nas cotações internacionais.


Açúcar, etanol e cana
A safra internacional 2012/2013, assim como a 2011/2012, deve apresentar novamente um significativo excedente global de açúcar, levando a relação estoque/consumo a níveis próximos de sua média histórica. Após dois anos de produtividade relativamente baixa no Brasil, as projeções preliminares indicam que a safra 2013/2014 deve apresentar forte recuperação.
Sem grandes mudanças no quadro fundamental, tudo indica que os tempos de preços altos de açúcar chegaram ao fim. O cenário base do Rabobank aponta para um preço médio de US$ 19 c/lb ao longo da safra internacional 2012/2013.
Em relação ao etanol em 2013, a lógica aponta para preços semelhantes aos de 2012. O provável aumento da mistura de anidro na gasolina e o crescimento da demanda potencial de hidratado devem garantir preços relativamente firmes ao longo da safra brasileira de 2013/2014. Uma eventual mudança na política de combustíveis, no entanto, poderia mudar este cenário.
Em 2013/2014, as usinas brasileiras deverão deparar-se com margens similares às da safra 2012/2013. A previsão para os fornecedores é semelhante.


Café
Tendo em vista que no ano-safra global 2012/2013 o consumo de café deverá seguir crescendo a passos mais acelerados que a produção, os estoques globais deverão ser pressionados e abrir espaço para aumento de preços. No entanto, como a relação estoque/consumo (principal influenciador dos preços) provavelmente flutuará acima dos níveis alarmantes de 2010/2011, os preços tenderão a se acomodar a valores abaixo dos picos do ano de 2011. Os produtores devem continuar apurando margens de rentabilidade superiores à média histórica nas safras de 2012/2013 e 2013/2014.


Algodão
Após quatro anos de expansão, projeta-se retração na safra mundial em 2012/2013, um reflexo da difícil condição fundamental em que se encontra a commodity, abalada por altos custos, baixas cotações, altos estoques e lentas aquisições. Apesar disso, o Rabobank prevê o aumento dos estoques globais, devido a possibilidade de queda na demanda internacional, em virtude de desenvolvimentos macroeconômicos negativos.
A previsão é de uma safra particularmente difícil em 2013 para os produtores brasileiros, que vêm experimentando o aumento de custos de produção, baixas cotações e altos estoques.
Soja
A produção global de soja na safra 2012/2013 deverá somar 264 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 11% em relação à temporada 2011/2012. O consumo deverá atingir 258 milhões de toneladas, deixando o quadro de oferta e demanda bastante apertado.
Apesar da elevação dos custos de produção para a nova safra, principalmente em decorrência da depreciação da moeda nacional e de seu reflexo no encarecimento dos fertilizantes, as perspectivas de margens para os produtores seguem bastante positivas. No que diz respeito às tradings e empresas de biodiesel que não contam com robustas estratégias de originação, 2013 poderá ser um ano de baixas margens, devido aos elevados preços da matéria-prima.


Milho
Em 2012/2013, a área global de produção de milho deverá crescer 3,5% em relação ao ciclo anterior, para 175 milhões de hectares, estabelecendo um novo recorde para a cultura. Porém, a forte quebra de safra nos EUA e a resiliência da demanda global aos altos preços indicam um balanço final negativo em 15 milhões de toneladas. Com projeções para uma demanda interna próxima a 50,5 milhões de toneladas, há excelentes condições para o estabelecimento de um novo recorde de exportações, acima dos 17 milhões de toneladas alcançados em 2011/2012.

O descompasso entre a reduzida oferta e a ampla demanda na safra 2012/2013 deve promover sustentação das cotações internacionais em 2013 para os preços do milho.


Carne bovina
O ano de 2013 deve ser marcado pela relativa escassez da oferta global de carne bovina, induzida pela queda de produção prevista nos Estados Unidos e União Europeia. A oferta de animais disponível para o abate provavelmente continuará oscilando em níveis bem superiores aos de 2011, como resultado do processo de retenção de fêmeas e do consequente aumento da produção de bezerros.
Os preços internacionais devem ser maiores que os de 2012, diante da ainda restrita oferta global de carne bovina e da aceleração leve da economia global. No Brasil, a previsão de maior volume de exportações, associada ao espaço para elevação dos preços da carne no mercado interno, indica possibilidade de aumento dos preços do boi gordo.
O cenário tende a continuar positivo para os frigoríficos nacionais. Para os produtores que dependem de animais de reposição, as margens devem ser maiores em 2013, beneficiadas pela virada do ciclo.


Frango
A oferta global restrita de carne bovina e o esperado aumento dos preços da suína, em virtude do atual choque de oferta global de grãos, deve beneficiar o consumo de carne de frango. Com isso, os preços internacionais de carne de frango devem oscilar em patamares superiores aos observados em 2012. No mercado interno, a disciplina quanto ao aumento mais significativo da produção, associada à aceleração das exportações, deve fazer com que os preços oscilem em patamares superiores aos de 2012.

Esse cenário é mais favorável para a indústria, que tem o apoio da tendência de redução, mesmo que pequena, dos preços dos grãos e de valores mais favoráveis para a carne. No entanto, existem desafios como a pressão sobre o capital de giro, que tende a continuar pressionado pelo ainda alto preço dos grãos – do ponto de vista histórico – e pelo limitado espaço para extensão do prazo de pagamento, principalmente para empresas que já tem dado sinais de dificuldades financeiras.

Carne suína
As projeções do Rabobank para 2013 indicam um cenário global de oferta restrita de carne suína, em decorrência dos altos preços dos grãos praticados ao longo do segundo semestre de 2012 e consequente redução dos alojamentos de matrizes em vários países. No Brasil, a produção tende a ser restrita.
Os preços da carne suína no mercado internacional devem ser superiores aos observados em 2012, assim como no mercado interno.


O banco aponta um cenário mais positivo para a indústria e para os produtores independentes. O suporte deverá vir de uma combinação entre a tendência de redução, mesmo que leve, dos preços dos grãos e os melhores preços obtidos com a venda de carne suína. No entanto, assim como no caso de aves, o setor tende a continuar enfrentando desafios oriundos, principalmente, da pressão sobre o capital de giro.

Fonte: Redação da SouAgro

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