Em julho/24, a relação de troca entre o boi gordo de 20 arrobas e o bezerro de 200 kg avançou 1,87%, com a média nacional do indicador ficando em 2,24 cab./cab., de acordo com cálculos da Agrifatto.
O resultado médio obtido no ano passado, diz a consultoria, ficou apenas 0,40% abaixo da média histórica.
O maior avanço do indicador foi registrado em Mato Grosso do Sul, onde a relação de troca fechou o último mês em 2,14 cab./cab., com aumento mensal de 5,29%, maior patamar desde fevereiro/24, informa a Agrifatto.
Na praça paulista, a mesma negociação ficou em 2,34 cab./cab., com aumento mensal de 3,64%). Na praça mineira, a relação atingiu 2,26 cab./cab.(+2,76%). Na Bahia, o indicador fechou julho/24 em 2,23 cab./cab., com recuo de 1,10%.
No entanto, diz a Agrifatto, ainda que tenha aumentado no comparativo mensal, a relação de troca bezerro/boi gordo no Brasil ainda está abaixo da média histórica, indicando que o gasto do recriador/invernista com o bezerro ainda está “pesado”, considerando o preço de venda do boi gordo.
Boi magro
A relação de troca boi gordo e boi magro passou por aumento em 5 das 8 praças monitoradas pela Agrifatto.
Com isso, a média Brasil apresentou um aumento de 1,90%, ficando em 1,45 cab./cab. (2,25% abaixo da média histórica).
O maior avanço ocorreu em Goiás, onde a relação de troca boi magro/boi gordo subiu 7,04% e ficou em 1,49 cab./cab., o maior patamar desde mar/24.
Por sua vez, o Estado em que o indicador mais recuou foi no Pará, com queda de 5,45%, fechando jul/24 em 1,41 cab./cab., menor patamar desde mar/22.
Na avaliação da Agrifatto, as valorizações nas cotações do boi magro em julho/24 sinalizaram um retorno do estímulo ao pecuarista na atividade de engorda.
No entanto, continuam os analistas da consultoria, em algumas regiões, a oferta de bovinos confinados pode fazer com que a pressão baixista volte a ocorrer em agosto sobre o boi gordo, travando novas altas do boi magro.
Foto: Marcus Mesquita
Fonte: Portal DBO