A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou, nesta terça-feira (29), um guia exclusivo sobre o mercado de carbono voltado aos produtores rurais. O material foi apresentado durante um seminário promovido pela entidade para debater o tema e está disponível gratuitamente no site da CNA.
O conteúdo foi estruturado em duas versões:
uma mais direta: ideal para produtores que desejam entender o básico sobre o mercado de carbono sem aprofundamentos técnicos,
outra mais completa: voltada tanto para agricultores quanto para estudantes e profissionais interessados em conhecer o funcionamento detalhado do sistema no Brasil.
O guia aborda as principais diferenças entre o mercado regulado e o mercado voluntário de carbono, explica as etapas necessárias para elaborar projetos de geração de créditos, apresenta metodologias usadas por certificadoras e traz uma seção com perguntas frequentes. Entre as dúvidas mais comuns estão questões como: é possível gerar créditos de carbono com áreas de Reserva Legal? Quais práticas do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) podem ser convertidas em crédito?
De acordo com Amanda Roza, assessora técnica da CNA, o objetivo é preparar o produtor rural para aproveitar as oportunidades que estão surgindo. “A mensagem é para eles se prepararem e tirarem as dúvidas agora, para um mercado que está vindo aí e está sendo operacionalizado”, afirmou.
SIF pode ser emitido em minutos, com mais integração e menos burocracia
Com o novo sistema digital, empresas como abatedouros, fábricas de embutidos e laticínios poderão obter o número do SIF em poucos minutos, nos casos de registro simplificado. Antes, o mesmo processo poderia levar até cinco dias. “O cidadão que deseja abrir um pequeno abatedouro, uma fábrica de embutidos ou um laticínio agora pode contar com um processo totalmente digital. Dependendo do risco da atividade, o número do SIF pode ser gerado em poucos minutos. E, nos casos que exigem análise técnica, também feita de forma digital, a equipe do Mapa garante agilidade no atendimento, facilitando a abertura”, explicou Fávaro.
O novo sistema também permite maior integração com bancos de dados do governo, o que evita a repetição de informações e reduz o retrabalho, otimizando o processo para o usuário.
Plataforma garante rastreabilidade, segurança e praticidade ao produtor
O acesso ao serviço será feito pelo portal gov.br, com navegação mais simples e intuitiva. A ferramenta também traz avanços importantes em rastreabilidade e auditoria dos estabelecimentos registrados, aumentando a confiança e a segurança do processo.
“Estamos eliminando entraves burocráticos e oferecendo um serviço mais eficiente para os produtores”, reforçou Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária. Já o subsecretário de Tecnologia da Informação, Camilo Mussi, ressaltou a mudança no tempo de resposta: “Hoje, depois de fazer o processo no sistema, o SIF é gerado automaticamente, com a possibilidade de emitir segunda ou terceira via, se necessário. Caso queira transferir o SIF para outra pessoa, isso também será possível. Ficamos felizes em realizar uma entrega que traz mudanças para a sociedade”.