Na manhã desta quinta-feira, dia 29, em Gramado, na 3ª Jornada Técnica da RTC, o professor da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, Luiz Gustavo Ribeiro, trouxe dados sobre a qualidade nutricional do alimento leite em comparação com os leites vegetais e a bebida de origem animal. Segundo ele, o leite de vaca vai ser leite daqui cem ou 1000 anos, sempre superior aos compostos vegetais. “O que precisamos é de um leite mais saudável para oferecer a nossa população”, afirmou.
Leite do futuro exige equilíbrio entre produtor, meio ambiente e bem-estar animal
Para Ribeiro, mais do que indicadores de lucros e ambientais, o leite do futuro depende de questões ligadas ao equilíbrio entre o humano e o ambiente. “O leite do futuro deve considerar a estabilidade de quem produz e que o faz em consenso com a natureza e os cuidados com o animal”, afirmou.
O professor destacou que o produtor deve perseguir a sustentabilidade e a diminuição das emissões de carbono tendo em vista um roteiro produtivo que considere alimentação, cruzamento genético, saúde animal e manejo de pastagens e resíduos. “Uma produção regenerativa”, conceituou.
Brasil ainda tem muito a melhorar
A veterinária Letícia Vieira, consultora do Sindilat, reconhece que o padrão de qualidade externado pelo professor ainda é um processo no Rio Grande Sul. “O leite que tomamos hoje é sem dúvida melhor que o que tomávamos há 30 anos. No entanto, temos muito ainda a melhorar”, admitiu.
Segundo Letícia, atualmente a legislação nacional permite a existência de 300 mil bactérias formadoras de colônias por mililitro no leite cru. Um leite que não vai causar mal ao consumidor. Nos Estados Unidos, esse indicador é de 100 mil bactérias por mililitro, o que expressa um leite melhor, com mais sanidade e tempo de prateleira.
“Então, temos muito o que melhorar e isso passa por políticas públicas e especialização do produtor, que precisa produzir mais para se enquadrar nas exigências de mercado”, completou.
As informações são do Correio do Povo, adaptadas pela equipe MilkPoint