O mercado físico do boi gordo registrou queda nos preços da arroba nesta terça-feira (11/2), diante de uma reação na oferta de animais disponíveis para a indústria. “Houve uma leve melhora na oferta de bovinos. Por outro lado, o escoamento de carne está ruim”, afirmou a Scot Consultoria sobre São Paulo, em nota. Em outros Estados também houve redução nos preços em função da oferta.
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Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), o preço do boi gordo recuou R$ 3 por arroba, na variação diária, para R$ 322 por arroba. Para as fêmeas a cotação não mudou, a vaca segue negociada a R$ 295 por arroba e a novilha em R$ 312.
Com isso, as programações de abate pelos frigoríficos de São Paulo estão preenchidas para, em média, cinco dias úteis.
Mato Grosso
No Estado que detém o maior rebanho bovino nacional, Mato Grosso, os preços da arroba caíram devido ao crescimento na oferta, principalmente, de fêmeas.
Segundo a Scot, as cotações caíram R$ 2 por arroba nas regiões sudoeste e sudeste do Estado, além de Cuiabá (MT), para R$ 318 por arroba. No norte mato-grossense o recuo foi ainda mais intenso, de R$ 5 por arroba, para R$ 315.
Depois de cinco meses consecutivos de queda nos abates, o volume de animais enviados para o gancho em Mato Grosso avançou 18,05% em janeiro, em relação ao mês anterior, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O resultado chegou a 614,62 mil bovinos, o segundo maior volume já registrado para o mês de janeiro.
Outro destaque foi a participação de animais mais jovens (com menos de 24 meses) que, apesar do recuo mensal, registrou o maior nível da série histórica para um mês de janeiro, com 34,55% do total abatido no último mês.
Mercado externo
Com o escoamento de carne sem grandes saltos neste início de ano, o destaque tem sido o preço médio praticado pelo mercado para as exportações.
Dados do governo federal indicam que foram exportadas 47,4 mil toneladas de carne bovina in natura na primeira semana de fevereiro. Isso significa que os embarques ficaram em 9,5 mil toneladas por dia, leve aumento de 0,8% em relação à média diária registrada em fevereiro de 2024.
Já o preço médio da tonelada atingiu US$ 5 mil na primeira semana deste mês, alta de 9,6% na comparação ano a ano. O cenário de vendas para o mercado internacional pode ajudar a limitar as quedas na cotação do gado gordo no país.
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Fonte: GLOBO RURAL
