Suplementação de vacas leiteiras no período seco

suplementacao-de-vacas-leiteiras-no-periodo-seco.jpeg

Embora muitas vezes subestimado na rotina das fazendas, o período seco é o ponto mais sensível da curva produtiva. São 60 dias de intensas mudanças fisiológicas, que dão espaço para estratégias que podem determinar, em grande parte, o sucesso da lactação subsequente.

A experiência mostra que não há atalhos: vacas mal manejadas nessa fase acumulam riscos metabólicos, maior incidência de doenças e perdas reprodutivas, enquanto rebanhos conduzidos com protocolos claros de suplementação chegam ao pós-parto com mais saúde e produzindo mais. Estudam também mostram: vacas submetidas a esses protocolos nutricionais nesse período apresentaram até 3 kg a mais de leite por dia nas primeiras semanas de lactação em comparação com vacas que receberam dietas desequilibradas (Grummer et al., 2004)

Falar de período seco é falar de prevenção, de investimento em saúde e de garantir condições para que os potenciais do animal se expressem plenamente.

O ajuste fino nas dietas de período seco

É importante ter claro que essa fase é dividida em duas etapas – os primeiros 40 dias do período seco propriamente dito e, o período pré-parto, nos 21 dias próximos ao parto – que se diferenciam quanto ao manejo e às exigências nutricionais.

No período seco, a prioridade é buscar a condição corporal adequada, evitando tanto o excesso de energia quanto as deficiências minerais. Isso requer dietas com bom teor de fibra efetiva, volumosos de qualidade e densidade energética moderada, que, além de garantir saúde ruminal, garante que a vaca seja nutrida de forma equilibrada para alcançar o escore desejado no parto. Já no pré-parto a dieta deve ser ajustada para lidar com a queda natural do consumo de matéria seca, garantindo maior densidade nutricional e equilíbrio de energia, proteína metabolizável e minerais, que favoreçam a prevenção de hipocalcemia, que promovam o consumo pós-parto e reforcem o sistema imune.

Além do ajuste básico dos nutrientes, a inclusão de tecnologias específicas no período seco tem demonstrado efeitos consistentes na prevenção de distúrbios metabólicos e no desempenho pós-parto. Estratégias como o uso de sais aniônicos para correção do balanço cátion-aniônico da dieta (DCAD) reduzem a incidência de hipocalcemia clínica e subclínica, enquanto aditivos como leveduras vivas ajudam a estabilizar o ambiente ruminal e a manter maior ingestão de matéria seca. Outros nutrientes funcionais, como colina e metionina protegidas, favorecem o metabolismo hepático e reduzem a deposição de gordura no fígado, impactando positivamente a produção de leite e a qualidade do colostro.

É nesse ponto que a utilização de núcleos formulados com tecnologia, capazes de associar macro e microminerais, vitaminas essenciais e aditivos estratégicos, colocam o produtor em posição de vantagem, pois reduz riscos, melhora a eficiência metabólica e assegura consistência nos resultados de lactação.

 

Fonte: MilkPoint

10/10/2025

Newsletter