Alerta Internacional: Nova Cepa da Febre Aftosa Exige Atenção Redobrada do Setor Pecuário
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) emitiu um alerta global sobre a detecção da cepa exótica SAT1 da febre aftosa no Oriente Próximo. A variante, até então restrita à África Oriental, foi identificada no Iraque e Bahrein, gerando preocupação internacional pelo seu alto poder de disseminação em regiões que não praticam vacinação sistemática.
A possibilidade de expansão para áreas livres da doença, como partes da Eurásia e da América Latina, acendeu o sinal de alerta no setor. Embora não afete seres humanos, a febre aftosa é altamente contagiosa entre animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos — justamente o núcleo da pecuária brasileira.
Os impactos econômicos podem ser severos: perdas na produção de carne e leite, restrições comerciais e prejuízos globais que ultrapassam US$ 21 bilhões ao ano.
Brasil em Alerta: O Que Produtores Devem Fazer?
Mesmo sendo um dos países com melhor status sanitário do mundo, o Brasil está entre os territórios considerados de alto risco caso medidas preventivas não sejam mantidas e reforçadas.
A FAO recomenda um conjunto de ações imediatas:
Campanhas de conscientização com produtores e técnicos do setor;
Reforço da biossegurança nas propriedades, com controle rigoroso de trânsito de animais, pessoas e veículos;
Vacinação estratégica, com atenção às variantes circulantes;
Planos de contingência bem definidos, com protocolos claros em caso de surtos.
Na fazenda, o produtor deve evitar a compra de animais de origem desconhecida, manter o rebanho isolado e reforçar os cuidados com o manejo. A biossegurança é o primeiro escudo contra o vírus.
Rastreabilidade e Vigilância: Ferramentas-Chave na Prevenção
Com o avanço do Plano Nacional de Identificação de Bovinos e Búfalos (PNIB), a rastreabilidade se torna uma grande aliada do pecuarista. A identificação individual dos animais permite respostas mais rápidas e eficazes em caso de detecção de focos da doença.
Além disso, a atuação dos órgãos estaduais de defesa agropecuária, como a Adapar, Idaron e Agrodefesa, é essencial para manter o Brasil como zona livre de febre aftosa com ou sem vacinação.
GEPEC Reforça: Sanidade é Estratégia
Na GEPEC, entendemos que gestão pecuária de excelência começa pela sanidade do rebanho. Atuamos lado a lado com o produtor rural para oferecer soluções técnicas e estratégicas em biossegurança, rastreabilidade, planejamento sanitário e gestão de riscos.
A colaboração entre produtores, técnicos e serviços veterinários oficiais é fundamental para que o Brasil continue sendo referência global em pecuária e exportação de carne bovina.
Monitoramento Global e Cooperação Internacional
A FAO, em conjunto com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), segue monitorando surtos e apoiando os países com vacinas, treinamentos e assistência técnica emergencial. O foco é evitar que a cepa SAT1 ganhe força em regiões até então livres da doença.
Com vigilância ativa, rastreabilidade eficaz e gestão responsável, é possível conter essa ameaça e proteger a pecuária brasileira dos impactos sanitários e econômicos de uma possível nova onda da febre aftosa.
Noticia Adaptada do site Giro do Boi