Reta final da RIP: como fechar bem a engorda e chegar em 14 arrobas?

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A reta final da RIP (Recria Intensiva a Pasto) exige atenção redobrada dos pecuaristas. Foi o que explicou o zootecnista Luís Kodel, consultor em pecuária de corte, durante o quadro Giro do Boi Responde desta quinta-feira (15). Assista ao vídeo abaixo e confira.

A resposta foi direcionada ao produtor Rubens Pereira, de Palmas (TO), que compartilhou o desempenho de sua bezerrada: animais com um ano de idade, que entraram na RIP com 8 arrobas e, após quatro meses de manejo, já estão com 12,5 arrobas, mirando a meta de 14 arrobas ainda em maio.

Segundo Kodel, os números são excelentes e indicam ganho médio de 1 kg por dia, resultado que comprova a eficiência da estratégia de recria intensiva com suplementação adequada e genética de qualidade.

Atenção ao fim das chuvas e queda na qualidade do pasto

No entanto, o especialista faz um alerta:

“Com a redução das chuvas, o pasto começa a perder qualidade nutricional, com mais fibra e menos proteína disponível”, explicou.

Isso pode comprometer o ritmo de ganho de peso justamente na fase decisiva para atingir o peso-alvo de abate ou transição para terminação.

Para evitar essa queda de desempenho, ajustar a suplementação é essencial. Kodel recomenda:

Aumentar o teor de proteína da ração.
Incluir ureia na formulação, com cuidado técnico.
Monitorar o consumo e o escore corporal dos animais.
Avaliar diariamente o estado das pastagens.
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Genética precoce favorece a performance na RIP

O bom resultado obtido por Rubens também é atribuído à qualidade genética dos animais, conforme destacou o consultor.

“Esses bezerros são muito precoces e respondem bem ao manejo intensivo”, disse Kodel.

Ele reforça que, com planejamento, é possível alcançar metas ambiciosas como 14@ aos 12-13 meses, mas sem descuidar da base nutricional nesse momento em que a oferta de forragem verde tende a cair rapidamente.

Estratégia certa, lucro garantido

A RIP tem se mostrado uma alternativa viável e lucrativa para a pecuária de ciclo curto, reduzindo idade ao abate e melhorando a conversão alimentar dos animais. Mas, segundo Kodel, é fundamental não relaxar na última etapa do processo:

“A virada da estação exige ajustes finos. É aí que muita gente perde desempenho. E é aí que quem está atento, ganha dinheiro.”

16/05/2025

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