O aumento significativo no abate de fêmeas em 2023, somado ao maior estoque de machos, fez com que os níveis de oferta superassem a demanda, provocando uma desvalorização recorde do boi gordo.
Segundo o banco, para 2024, o abate de fêmeas deverá permanecer elevado na primeira metade do ano, desafiando mais uma vez o equilíbrio entre oferta e demanda.
As questões climáticas ligadas ao El Niño também devem ser fator de atenção no primeiro trimestre do próximo ano, com previsões de volumes de chuva acima da média na região Sul do país.
O Rabobank também projeta um novo aumento recorde de 1 a 2% na produção de carne bovina em 2024, guiados pelo mercado internacional, expectativas de aumento nas importações chinesas e pela retomada do consumo doméstico.
No mercado externo, as projeções de aumento nas importações chinesas (cerca de 5% com relação a 2023) devem continuar trazendo oportunidades para o setor de exportação. O grande diferencial com relação a esse ano é que devemos ver maior competitividade nesse mercado com a Nova Zelândia e principalmente com a Austrália.
No mercado local, as projeções de manutenção de preços menores da ração devem favorecer os custos do confinamento na segunda metade do ano, mas, ao mesmo tempo, deve elevar a competitividade das carnes de frango e suína frente a carne bovina.
Fonte: Canal Rural