Em busca de respostas, o zootecnista e mestre em pastagem e forragicultura Edmar Peluso, da consultoria Gerente de Pasto, abordou o controle do capim capeta.

Afinidades e efeitos herbicidas

Peluso alertou que o uso do glifosato, embora seja eficiente no combate a várias plantas invasoras, tende a eliminar também o capim quicuio, sendo esta uma opção contraproducente.

A abordagem recomendada é o uso combinado de mesotriona com atrazina com doses orientadas de 3 kg/ha e 500 ml/ha, ou 3,5 l/ha, respectivamente.

A aplicação desses herbicidas é mais eficaz durante o rebrote do capim capeta, antes da floração e sementação – tipicamente do início da estação chuvosa até o final de dezembro.

Volume e momento da aplicação

Trator fazendo aplicação de defensivos no pasto. Foto: Divulgação

O zootecnista enfatizou a importância do alto volume de calda (300 l/ha) para uma cobertura efetiva, desaconselhando aplicações aéreas devido à menor eficiência.

A aderência a uma janela bem definida para o controle é crucial, visando a máxima eficácia do tratamento.

Como parte de uma abordagem integrada, Peluso sugere incrementar a fertilidade do solo com a aplicação de calagem e fósforo na formação das pastagens. Isso ajuda a fortificar a pastagem desejada, permitindo que esta sombreie o solo e controle melhor o surgimento de invasoras. 

Evite o rebaixamento excessivo do pasto

Além disso, ações como evitar o rebaixamento excessivo durante o pastejo contribuem para o fortalecimento do sistema radicular e cobertura vegetal, criando condições desfavoráveis para o capim capeta.

A atenção meticulosa aos detalhes e o entendimento da biologia das espécies em jogo são essenciais para um sistema de pastagem saudável e produtivo.

Implementando as recomendações de Peluso, Everton pode alcançar controle efetivo das espécies invasoras, otimizando a área de pastagem de quicuio.

Fonte: Giro do Boi