Fórmula para alta do boi se mantém: escalas de abate mais curtas e exportações aquecidas

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O mercado brasileiro do boi gordo continua operando com tendência de alta nas principais praças pecuárias, sustentado por importantes fatores: demanda interna aquecida, escalas de abate mais curtas e exportações elevadas.

O mercado paulista de carne com ossos experimentou mudanças significativas neste meio da semana, marcado pelo aumento do volume de pedidos para reposição dos estoques do varejo, informa a Agrifatto.

“Muitos distribuidores começaram a procurar carne para entregas rápidas ainda dentro desta semana”, diz a consultoria, que prevê um aquecimento ainda maior da procura interna pela proteína bovina no curtíssimo prazo: “O varejo doméstico, que surpreendeu com o movimento consistente dos últimos dias, continua com perspectiva de melhora nas primeiras semanas de setembro”.

Paralelamente, as exportações brasileiras de carne bovina in natura seguem em alta, com o volume de embarques da última semana atingindo 54,32 mil toneladas. “A expectativa é de que o mês termine com exportações acima de 200 mil toneladas” , prevê a Agrifatto.

Pelos dados apurados pela Agrifatto, nesta quarta-feira (28/8), o preço do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 242/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China). Nas outras 16 regiões monitoradas pela consultoria, a média subiu para R$ 226/@. “Uma das 17 praças monitoradas registrou valorização da arroba nesta quarta-feira (Maranhão); as outras 16 mantiveram suas cotações laterais”, informa a Agrifatto.

Pelos dados da Scot, o mercado paulista abriu a quarta-feira com preços estáveis, porém com pressão altista.

“Com a redução da oferta de boiadas, as escalas de abate das indústrias encurtaram”, destaca Scot, acrescentando que as programações atendem, em média, a sete dias.

Com isso, pelos dados da Scot, o boi gordo “comum” vale R$ 238/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 228/@, respectivamente. O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 240/@, com ágio de R$ 2/@ sobre o animal “comum”.

No mercado futuro, o contrato com vencimento em outubro/24 encerrou a terça-feira (27/8) cotado a R$ 247,90/@, uma leve queda de 0,02% em relação ao dia anterior. Já o contrato para janeiro/2025 registrou alta de 0,28%, fechando a R$ 253/@.

Esse valor representa um ágio de 15% em comparação com o preço físico do Cepea, que terminou a terça-feira em R$ 237,85/@ (alta de 2,3% sobre o preço do indicador registrado há um mês).

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (28/8):

São Paulo — O “boi comum” vale R$242,00 a arroba. O “boi China”, R$242,00. Média de R$242,00. Vaca a R$220,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abates de onze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$243,00 a arroba. O “boi China”, R$243,00. Média de R$243,00. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de cinco dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias;

Pará — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de onze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$230,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$230,00. Média de R$230,00. Vaca a R$215,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abate de sete dias;

Rondônia — O boi vale R$195,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;

Maranhão — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Paraná — O boi vale R$243,00 por arroba. Vaca a R$225,00. Novilha a R$230,00. Escalas de abate de cinco dias.

Fórmula para alta do boi se mantém: escalas de abate mais curtas e exportações aquecidasFoto: Divulgação Ministério da Agricultura e Pecuária

Fonte: Portal DBO

29/08/2024

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