Gado de genética versus boi de boiada: diferença pode superar 5@ de peso no gancho!

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No mundo da pecuária, a diferença entre o gado de genética melhoradora e o “boi de boiada” tem se tornado cada vez mais evidente. O projeto PMGZ Carne, uma iniciativa conjunta da ABCZ e JBS Friboi, está trazendo mudanças significativas para o setor. Assista ao vídeo abaixo e saiba mais sobre este projeto.

Com foco na utilização de genética PO melhoradora, o programa visa aumentar a produtividade e a rentabilidade dos pecuaristas. Para entender melhor esse projeto inovador, conversamos com Wesley Borba, médico-veterinário e gerente executivo dos confinamentos da JBS.

Melhoramento genético e produtividade

A parceria entre a ABCZ e a JBS Friboi através do PMGZ Carne tem como objetivo principal fomentar o uso de genética melhoradora no rebanho comercial.

Wesley Borba explica que muitos pecuaristas ainda utilizam o chamado “boi de boiada”, que é o gado sem histórico genético melhorado. Esses animais apresentam menor rendimento de carcaça e desempenho insatisfatório no confinamento.

O projeto busca mudar essa realidade ao demonstrar os benefícios tangíveis do melhoramento genético.

Com a estrutura dos confinamentos da JBS disponível em todo o Brasil, o PMGZ Carne está mostrando as diferenças de desempenho entre lotes de rebanhos selecionados e convencionais.

Os lotes de rebanhos selecionados são filhos de touros PO inscritos no programa, terminados nos confinamentos da JBS e abatidos nas unidades Friboi.

Segundo Borba, os animais com genética melhoradora podem apresentar uma diferença de até cinco arrobas a mais no peso da carcaça.

Impacto na rentabilidade dos pecuaristas

Através do PMGZ Carne, todos os dados zootécnicos, desde a engorda até o abate, são enviados para a ABCZ, com a autorização dos pecuaristas participantes.

Esse processo possibilita a avaliação precisa das progênies, aumentando a acurácia das características de carcaça transmitidas pelos touros. Com essas informações, os pecuaristas podem fazer escolhas mais informadas sobre quais touros usar para melhorar seus rebanhos.

A iniciativa tem atraído pecuaristas de todo o país, que veem no projeto uma oportunidade de melhorar a rentabilidade de seus negócios.

Com mais de 34 milhões de matrizes de corte no Brasil, o uso de genética melhoradora pode transformar o cenário da pecuária nacional, reduzindo o ciclo de produção e aumentando a qualidade da carne produzida.

Infraestrutura e adesão ao programa

Wesley Borba destaca que a JBS está pronta para atender pecuaristas de todos os portes, desde pequenos até grandes produtores, com confinamentos em sete unidades espalhadas pelo Brasil.

Ele enfatiza que a adesão ao programa é simples: o pecuarista precisa ter animais filhos de touros PO Zebu inscritos no PMGZ Carne. Para aqueles que ainda não estão inscritos, a ABCZ oferece suporte para facilitar a participação.

A JBS também se preocupa em garantir que os critérios ambientais sejam respeitados, oferecendo suporte através de seus escritórios verdes. Dessa forma, o projeto não apenas promove a melhoria genética, mas também assegura a sustentabilidade ambiental das operações.

O PMGZ Carne é um exemplo claro de como a inovação e a tecnologia podem impulsionar o setor agropecuário, trazendo benefícios não só para os pecuaristas, mas para toda a cadeia produtiva.

À medida que mais pecuaristas aderem a essa iniciativa, espera-se uma transformação significativa na qualidade e na rentabilidade da produção de carne no Brasil.

Exemplo de lote de bovinos fruto de genética melhoradora. Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação Giro do Boi

Fonte: Giro do Boi

06/08/2024

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