A mastite é uma das principais preocupações na pecuária leiteira, sendo uma inflamação da glândula mamária das vacas que afeta diretamente a produção de leite. Esta doença não só compromete a saúde dos animais, como também tem um impacto significativo na qualidade e quantidade de leite produzido, gerando perdas econômicas consideráveis para os produtores.

O que é a Mastite?

A mastite é uma inflamação do tecido mamário, geralmente causada por infecções bacterianas. As vacas afetadas podem apresentar sintomas que variam de leve, como leite aquoso, grumo, pus e sangue observados no leite ao realizar o teste da caneca, a sinais clínicos graves, como febre, inchaço, vermelhidão e dor no úbere.

Impacto na Pecuária Leiteira

Redução na Produção de Leite

Uma das consequências mais diretas da mastite é a diminuição da produção de leite. A inflamação compromete a capacidade das vacas de produzir leite em quantidade e qualidade adequadas. Estudos mostram que vacas com mastite podem ter uma redução de até 25% na produção de leite, o que representa uma perda significativa para os produtores.

Qualidade do Leite

O leite proveniente de vacas infectadas possui altas contagens de células somáticas e bactérias, além de resíduos de antibióticos quando utilizado o tratamento da infecção. Isso compromete a segurança alimentar e pode levar ao descarte de grandes quantidades de leite, além de afetar a qualidade de produtos lácteos derivados, como queijos e iogurtes.

Custos Econômicos

Os custos associados à mastite não se limitam apenas à redução na produção de leite. Eles também incluem despesas veterinárias, custos com medicamentos, tempo adicional para manejo e descarte de leite contaminado, além de possíveis penalizações por não conformidade com os padrões de qualidade do leite. O que a longo prazo, pode comprometer a rentabilidade fazenda.

Importância do Combate e Prevenção

Boas Práticas de Manejo

A implementação de boas práticas de manejo é fundamental para a prevenção da mastite. Isso inclui a manutenção de um ambiente limpo e seco, práticas adequadas de ordenha, higiene das instalações e equipamentos, e o treinamento contínuo dos trabalhadores. Essas medidas ajudam a reduzir a exposição das vacas a patógenos que causam a doença.

Monitoramento e Diagnóstico Precoce

O monitoramento constante da saúde das vacas é essencial para a detecção precoce da mastite. Testes regulares, como o California Mastitis Test (CMT), podem identificar a presença de mastite subclínica e direcionar coleta de amostras para cultura microbiológica e otimizar os tratamentos.

Uso Racional de Antibióticos

O uso de antibióticos deve ser feito de forma responsável e sob orientação veterinária para evitar o desenvolvimento de resistência bacteriana. A administração correta dos medicamentos e o cumprimento dos períodos de carência garantem que o leite produzido seja seguro para consumo.

Vacinação e Nutrição

Algumas vacinas podem ajudar a prevenir infecções por patógenos específicos que causam mastite. Além disso, uma nutrição adequada fortalece o sistema imunológico das vacas, tornando-as menos suscetíveis a infecções.

A mastite é uma doença que pode causar prejuízos significativos na pecuária leiteira, afetando a produção e a qualidade do leite, além de gerar custos econômicos elevados. O combate e a prevenção dessa enfermidade são essenciais para garantir a sustentabilidade e a rentabilidade da atividade leiteira. Investir em boas práticas de ordenha, monitoramento constante, uso racional de antibióticos, e em medidas preventivas como vacinação e nutrição adequada são estratégias fundamentais para controlar a mastite e minimizar seus impactos negativos.

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^{Fonte: Pixabay}

Fonte: Gepec