Onda de calor: quais os Estados mais afetados pelo fenômeno?

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Em ação há oito dias no país, a onda de calor mais intensa e duradoura de 2024 elevou as temperaturas em todas as cinco regiões neste mês de setembro. Enquanto algumas estão acostumadas com a condição climática do último quadrimestre, outras tiveram recordes nos termômetros.

A previsão da Climatempo é que a onda de calor se mantenha ativa até o dia 20, quando o avanço de uma frente fria irá quebrar o bloqueio presente no Centro-Sul.

O fenômeno definido pela Organização Meteorológica Mundial como a sequência de, pelo menos, três dias em que as temperaturas permanecem 5ºC ou mais acima da média afetam, principalmente, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rondônia e Amazonas.

Mato Grosso

A Capital Cuiabá registrou a maior temperatura durante a onda de calor no último domingo (8/9): 42,8ºC, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O número foi recorde em relação ao sábado (7/9), que teve 42,6°C, mas não ultrapassou os 44ºC de setembro de 2020.

Rondonópolis, Salto do Céu, Diamantino e Rosário Oeste também registraram índices acima dos 40ºC. A previsão para a sequência da semana no Estado indica poucas nuvens e termômetros perto dos 41ºC.

Mato Grosso do Sul

Em outro Estado do Centro-Oeste com calor intenso, cidades do Mato Grosso do Sul foram presença constante nas primeiras colocações do levantamento feito pelo Inmet com as maiores temperaturas durante a onda de calor.

Campo Grande, por exemplo, bateu recorde por dois dias seguidos no fim de semana: 38ºC (sábado) e 38,2ºC (domingo). No entanto, o destaque ficou por conta de Aquidauana (41,6ºC) e Porto Murtinho (41,5ºC).

Para os próximos dias, os termômetros seguem elevados e mostram a condição de poucas nuvens e umidade mínima perto de 10%.

São Paulo

O Estado mais populoso do país não sofre apenas com o calor intenso. A qualidade do ar também preocupa. E a previsão, conforme a Climatempo, é que a chuva retorne apenas na próxima semana para amenizar o problema climático.

Com o ar poluído e seco, o Estado pode registrar os dias mais quentes do ano, superando 34,5ºC de 8 de setembro e 34,7ºC, em 16 de março.

Nesta terça-feira (10/9), o Inmet divulgou um alerta vermelho de "grande perigo" para risco à saúde pela combinação entre os índices de umidade relativa e a péssima qualidade do ar e incluiu São Paulo.

Paraná

Com a proximidade de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Paraná foi o Estado da região Sul mais atingido pela onda de calor. No último domingo (8/9), a cidade de Diamante do Norte registrou 39,1ºC, segundo o Inmet. Em Paranapoema, o número chegou perto: 38,7ºC.

Em Curitiba, os termômetros se mantiveram em 33,3ºC no domingo (8/9) e na segunda-feira (9/9). A previsão é que permaneçam assim até quinta (12/9), quando uma frente fria de fraca intensidade vai amenizar o calor na Capital.

Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a chuva volta ao Estado na sexta-feira (13/9) entre o noroeste e o centro-sul e atinge 100% do território no fim de semana.

Rondônia

Com temperaturas de 38,1ºC e 38°C, Vilhena e Cacoal, respectivamente, tiveram os dados mais expressivos de Rondônia no início da semana. O Estado, assim como Tocantins, também no Norte, está incluído na lista do Inmet que alerta sobre o perigo da combinação da baixa umidade relativa e a péssima qualidade do ar.

Para os próximos dias, a previsão aponta sol com nuvens e termômetros acima dos 38ºC. A chuva deve retornar após o dia 15.

Amazonas

Com a aproximação da onda de calor no início de setembro, o Estado do Norte foi apontado na previsão do tempo como uma das áreas para registrar temperaturas até 5ºC acima da média. E assim aconteceu. Em Manaus, por exemplo, o número nos termômetros chegou a 37,8ºC nos dias 4 e 8 de setembro, o maior em 2024.

A sequência da semana na Capital será de sol com poucas nuvens e muito calor. Entre 12 e 18 de setembro, as máximas variam entre 36ºC e 39ºC.

Amazonas é um dos Estados afetados pelas altas temperaturasFoto: Ricardo Stuckert/PR

Fonte: Globo Rural

11/09/2024

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