O mercado físico do boi gordo registrou negócios abaixo das referências médias em algumas praças de produção e comercialização do país.
O ambiente de negócios sugere a continuidade desse movimento no curto prazo, alinhado com o aumento da oferta de animais terminados em todo o Brasil.
“O quadro climático é crucial para compreender a atual conjuntura do mercado, com chuvas bastante discretas em maio no Centro-Oeste e no Sudeste brasileiro, enquanto as temperaturas permanecem elevadas, reduzindo a capacidade de retenção do pecuarista e aumentando a quantidade de animais ofertados”, afirma o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
A questão climática é preponderante para entender a queda nos preços, considerando a redução das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, o que leva ao aumento da oferta de animais no mercado.
“Mato Grosso ainda é uma exceção, em um mercado ainda pautado pela acomodação, com negócios em níveis mais baixos”, pontua Iglesias.
Preços do boi gordo
- Em São Paulo, capital: referência média para a arroba do boi a R$ 227
- Em Goiânia, Goiás: indicação de R$ 209 para a arroba do boi gordo
- Em Uberaba (MG): preço da arroba a R$ 212
- Em Dourados (MS): arroba indicada a R$ 220
- Em Cuiabá: arroba indicada a R$ 213
Atacado
O mercado atacadista continua apresentando preços firmes. O ambiente de negócios sugere menor apelo ao consumo durante a segunda quinzena do mês e potencial para piora dos preços, especialmente em um momento em que as indústrias não enfrentam dificuldades na composição das escalas de abate.
O quarto traseiro ainda é cotado a R$ 17,90 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 13,70 por quilo. A ponta de agulha permanece no patamar de R$ 13,15 por quilo.
Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária
Fonte: Canal Rural