A ordenha teve a marca registrada no dia 20 de fevereiro. O recorde anterior, de 67,73 kg de leite, era de Mineira do Dane’s, do criador José Nereu Gomes, de Jaguariaíva, no Paraná.

De propriedade da criadora Carmem Petersen Dias da Costa, Guardiã é nascida e criada na fazenda Cabanha Ventana, no município gaúcho de Boa Vista do Incra. Ela tem como um dos atributos, segundo a criadora, a genética do rebanho da fazenda, que atua há mais de três décadas na pecuária leiteira. Desde 2024, a Cabanha Ventana é certificada como Produto Jersey Sustentável.

Ainda de acordo com os criadores, a vaca premiada é criada a pasto, com suplementação no cocho, e representa o equilíbrio entre rusticidade e alta produtividade, características marcantes da raça Jersey. O animal nasceu em 2019 e passou por quatro partos.

Para a Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil, o recorde alcançado pela Guardiã é mais que um número expressivo para a raça, ele é a prova do potencial genético presente no Brasil. “Estamos muito felizes com esse resultado, pois é um exemplo real do que pregamos como a base para obter resultados sólidos na pecuária leiteira: histórico genético consistente, construído com registro genealógico, avaliação linear, genotipagem”, afirma Verônika Slota, superintendente da Jersey Brasil e responsável pelos Programas de Melhoramento Genético e Certificação da Raça.

O torneio leiteiro é uma competição realizada em exposições agropecuárias para avaliar a capacidade produtiva das vacas. O objetivo principal é medir a quantidade de leite que os animais podem produzir em um período determinado, geralmente em um ambiente controlado e sob condições específicas.