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21/11/2018
Boletim do Leite do Cepea - Novembro/2018
por: CEPEA - ESALQ/USP

Os preços do leite ao produtor estão em queda, somando baixa de 6,9% nos dois últimos meses. Em outubro, a “média Brasil” líquida (que considera os estados de BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS, sem frete e sem impostos) chegou a R$ 1,4401/litro. De acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, o movimento de recuo deve continuar nos próximos meses, influenciado pelo descompasso entre oferta e demanda.

A demanda por lácteos é estimulada a partir do aumento de renda e, nesse sentido, a atual estagnação econômica e a consequente redução do poder de compra do consumidor limitam as aquisições dos derivados. Diante deste cenário, os laticínios têm o desafio de alocar o leite cru em um mix de produtos lucrativos.

O lácteo mais consumido do Brasil é o leite UHT, de modo que sua demanda é a menos afetada em momentos de crise econômica. Além disso, seu elevado prazo de validade, a não exigência de cadeia do frio para estocagem e a possibilidade de processá- -lo a partir de ampla gama de qualidade do leite cru tornam o UHT um produto estratégico para a indústria láctea. O mesmo pode ser dito para os canais de distribuição, que pressionam as negociações com laticínios para obter preços mais baixos e atrair consumidores.

Vale lembrar que, depois da greve dos caminhoneiros no final de maio e do consequente desabastecimento, o preço do UHT subiu 20,2% entre junho e julho – e o consumidor absorveu essas altas consecutivas. Desde agosto, as cotações vêm oscilando e, no momento atual de desvalorização, as promoções do UHT chamam a atenção e atraem os consumidores.

No acumulado da primeira quinzena de novembro, a média de preços do UHT recebidos pelas indústrias no estado de São Paulo caiu 10,1%, com média de R$ 2,19/l – ainda assim, 3,4% superior à da mesma quinzena de 2017. Agentes consultados pelo Cepea relatam aumento da competitividade das indústrias para vender o UHT e necessidade de realizar promoções para assegurar liquidez. Por outro lado, o volume de estoque oscilou de “um pouco acima do normal” a “normal”. Isso mostra que o mercado do UHT não está completamente inundado pelo aumento da captação, mas que, dada a sua participação estratégica nos negócios das indústrias e atacados, funciona como uma “esponja”.

Por conta dessas características, as movimentações de preço e de consumo observadas na comercialização do UHT podem ser utilizadas para entender e prever situações no campo. Para agentes do setor, é evidente que nos próximos meses a tendência de queda permaneça, à medida que a captação se eleve gradualmente. Em algumas bacias leiteiras, agentes consultados pelo Cepea esperam volumes semelhantes ou até mesmo maiores do que os do mesmo período de 2017 – quando se falava em “superoferta”. De acordo com dados preliminares da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL) do IBGE, houve elevação de 0,3% na captação do 3º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, evidenciando a recuperação na oferta de leite.

 

CLIQUE AQUI e leia o boletim completo em PDF.

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