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04/01/2024
Brasil mira Ásia e Europa para ampliar exportações de carnes
por: Globo Rural
“Esperamos que o Brasil consiga ampliar a exportação (de carne bovina)”, destaca Paulo Mustefaga“Esperamos que o Brasil consiga ampliar a exportação (de carne bovina)”, destaca Paulo Mustefaga — Foto: Roberto Seba/ Ed. Globo
Somente em novembro e dezembro ocorreram cerca de 10 auditorias de países importadores no Brasil para ampliação de habilitações de embarque a frigoríficos. Representantes de União Europeia, Estados Unidos, Rússia, China, Timor Leste e México estiveram no país nos dois últimos meses do ano. Filipinas e Coreia do Sul fizeram duas auditorias cada. As avaliações tiveram escopos diferentes. 

A mais esperada foi a da China, principal compradora de carne bovina e suína do país, mas representantes da Rússia e da Coreia do Sul também estiveram em indústrias de carnes — no caso dos coreanos, em áreas livres de febre aftosa sem vacinação. 

“O Brasil vem fazendo negociações com vários mercados, como a própria China. Não sabemos o resultado ainda, mas esperamos que o Brasil consiga ampliar a exportação”, disse à reportagem o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), Paulo Mustefaga.

Ele destacou que autoridades das Filipinas também fizeram uma missão recente para ampliação do número de plantas frigoríficas do Brasil aprovadas para vender àquele mercado. Há ainda, segundo Mustefaga, negociação com a Indonésia também para ampliação.

Para abertura, o dirigente disse que a Coreia do Sul é um alvo brasileiro, como grande importador de carnes. “O Japão é outro país no radar para carne in natura, mas as negociações ainda precisam se ampliar”, disse.

Sem cravar prazos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que, dentre os mercados que podem se abrir nos próximos anos para carne suína, os mais promissores são Malásia, Reino Unido, Indonésia e Colômbia.

“Espera-se também a ampliação dos mercados da Coreia do Sul e do Japão, que compram produtos apenas de Santa Catarina, que era a única zona livre de aftosa no país. Agora, Paraná, Rio Grande do Sul e Acre também atendem essa condição”, disse o presidente da entidade, Ricardo Santin.

No caso da carne de frango, a ABPA destaca negociações com El Salvador e Guatemala e com os países da Comunidade do Caribe. Para os ovos, Reino Unido, Singapura e Rússia são destaques.

Ainda de acordo com a ABPA, existe a expectativa de que autoridades da União Europeia aprovem o sistema de “pré-listing” para frigoríficos brasileiros — quando a habilitação não depende de nova missão do importador e é aprovada pelos técnicos do governo nacional.

Técnicos europeus fizeram vistorias no Brasil em 2023. O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Roberto Perosa, revelou a expectativa de que restrições impostas sobre as exportações brasileiras de carne de aves para a UE sejam retiradas nos primeiros meses deste ano. O comércio está restrito desde 2017, devido à deflagração da Operação Carne Fraca.

“Temos que aguardar um tempo para que seja feito e enviado o relatório final, mas as impressões que tivemos é que a vistoria foi muito boa e que teremos a retomada das possibilidades de exportações sem qualquer tipo de restrição. A expectativa é enorme e muito positiva para que, nos primeiros dois meses do ano, seja finalizado o relatório e comunicada ao Brasil a possibilidade de incremento das exportações sem as restrições que haviam”, disse Perosa em coletiva realizada recentemente.

Há também processos em curso para incrementar os embarques de produtos agropecuários brasileiros para países das Américas. Só em 2023, quase metade das aberturas de mercado foram para vizinhos do continente.

O crescimento acelerado da economia mexicana, por exemplo, e as recentes aberturas para envio de carnes bovina e suína do Brasil para lá já promoveram um salto na relação comercial bilateral. As exportações de café brasileiro para o México aumentaram mais de quatro vezes, para 22,7 mil toneladas de janeiro a novembro de 2023. O faturamento dessas vendas passou de US$ 17 milhões para US$ 70 milhões. “Temos um grande foco nesses dois eixos, que são Américas e Ásia”, ressaltou Perosa.

Ao longo de 2023 foram realizadas 78 novas aberturas de mercados em 39 países, considerando todos os produtos do agronegócio brasileiro.

 

Fonte: Globo Rural

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