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14/03/2024
Principais doenças que afetam a recria e engorda de bovinos de corte
por: GEPEC

Principais doenças que afetam a recria e engorda de bovinos de corteFonte: Freepik

 

Todo criador de gado de corte conhece bem os prejuízos que doenças podem causar ao rebanho, sendo um dos vários problemas que os interferem diretamente no lucro de cada produtor.

Tendo em vista as dificuldades que essas doenças podem causar é importante que o produtor tenha conhecimento sobre seu mecanismo de ação, sintomas e tratamento, para que possa tomar as melhores decisões em relação a elas.

Por isso vamos listar as 3 principais doenças que afetam a recria e engorda do rebanho, dessa forma, sendo possível se precaver e evitar a perda de animais, o que reflete justamente no rendimento final de cada propriedade.

BOTULISMO

Popularmente conhecida como “doença da vaca caída”, é uma doença causada por toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum e é responsável por grande queda no rendimento da produção e até mesmo a morte dos animais.

Os bovinos se intoxicam quando ingerem material contaminado, geralmente constituído por restos de cadáveres, água, alimentos, cama de frango, entre outros. Por isso, é considerada uma doença sem cura em caso de animais que apresentam alto índice de intoxicação. Portanto, não há um tratamento efetivo que possa impedir o óbito. Sendo assim, a prevenção ainda é a melhor saída contra o botulismo.

A transmissão pode acontecer durante o ano todo, mas os surtos são mais frequentes nos períodos de chuva e no verão, já que os baixos níveis de fósforo no solo e a temperatura são fatores que favorecem a formação da toxina botulínica.

O prazo de incubação da bactéria depende da quantidade de toxina ingerida e varia de 12 horas a 18 dias. Os sintomas costumam aparecer entre três e sete dias, fora os casos hiperagudos de morte súbita.

O dano mais facilmente identificável da doença é a paralisia progressiva dos nervos motores, que é irreversível. Os animais começam a apresentar dificuldade de locomoção, com inquietação, incoordenação, marcha instável, ataxia e incapacidade de levantar ou erguer a cabeça, até passarem a ficar a maior parte do tempo deitados e se recusarem a beber e a comer. A morte acontece por paralisia respiratória.

O controle do botulismo é realizado através de medidas preventivas, já que o tratamento dos animais enfermos geralmente não é eficaz e de alto custo. As medidas preventivas adotadas estão relacionadas a:

  • Melhoria das condições ambientais e sanitárias como eliminação de fontes de contaminação nas pastagens através da remoção e incineração de carcaças;
  • Manejo nutricional adequado e suplementação mineral permanente dos animais, como a correção da deficiência de fósforo nas pastagens;
  • Vacinação de todo o rebanho com toxóides botulínicos presentes em diferentes vacinas comerciais. A vacinação deve ser feita anualmente, antes do período das chuvas, sendo que a primeira imunização deve ser seguida de reforço quatro a seis semanas após a primeira dose. Em algumas situações, como na criação extensiva de bovinos, esta é considerada a principal medida de controle do botulismo, devido aos custos elevados e dificuldades operacionais para a realização das outras medidas preventivas citadas anteriormente.

BRUCELOSE

Outra enfermidade de origem bacteriana, a brucelose, causada pela bactéria Brucella abortus é infectocontagiosa e uma zoonose, isto é, pode ser transmitida ao homem por via de ingestão do leite cru e seus derivados.

Os sintomas mais encontrados nos animais acometidos por essa afecção são os abortos nos estágios finais da gestação; esterilidade temporária; aumento do intervalo de partos; nascimentos prematuros; queda na produção de leite; febre; mastite; perda de peso; inchaços nos testículos; entre outros.

A transmissão da brucelose acontece quando o animal sadio entra em contato com um animal infectado, durante o parto ou no abortamento de animais infectados. Quando a mãe lambe o bezerro após o parto, também há grandes riscos de infecção caso haja a presença da bactéria. Também pode ocorrer transmissão pela ingestão de alimentos contaminados ou ingestão de restos de placenta. Outra forma de contágio é através da inseminação artificial, quando o sêmen tem o agente infeccioso. Para o ser humano, a principal transmissão é através da ingestão de leite e derivados como queijo e iogurte produzidos com leite não pasteurizado.

A observação e o conhecimento dos sintomas da brucelose bovina são fundamentais para evitar que a doença seja disseminada e permaneça no ambiente. Por isso, é importante saber que pode haver sinais diferentes para machos e fêmeas.

Nas fêmeas, os principais sinais de infecção por Brucella abortus são:

  • Queda na produção de leite;
  • Repetições de cio;
  • Corrimento vaginal com descargas uterinas com grande eliminação de bactérias;
  • Retenção placentária;
  • Nascimentos prematuros;
  • Abortamentos principalmente no terço final da gestação;
  • Nascimento de bezerros fracos;
  • Morte de bezerros no nascimento;
  • Lesões nas glândulas mamárias;
  • Infertilidade permanente ou temporária.

Já nos machos, os sintomas que apontam para o alerta de brucelose bovina são:

  • Infertilidade;
  • Inflamação nos testículos;
  • Problemas de articulação, como artrite e bursite.

O seu controle consiste na vacinação das novilhas de três a oito meses de idade, bem como fazer um diagnóstico sorológico dos animais.  Além disso, deve-se fazer o controle de trânsito dos animais interno e externo. Outra medida muito importante é usar luvas descartáveis ao manejar os animais contaminados; não comercializar leite e derivados sem inspeção; marcar as bezerras (na faixa de três a oito meses) a ferro, no lado esquerdo com o último número do ano em que se está vacinando para realizar melhor controle, em 2024 por exemplo, marcar com o 4.

TUBERCULOSE

A tuberculose bovina é uma doença infecciosa causada por uma bactéria denominada Mycobacterium bovis.  Embora ocorra com mais frequência em bovinos e bubalinos, pode infectar uma ampla gama de animais domésticos, como caprinos, ovinos, suínos, cães, gatos, animais selvagens como cervídeos e javalis, e o homem, em quem causa uma enfermidade com os mesmos sinais e sintomas da tuberculose de origem humana.

O animal infectado pode eliminar o agente em secreções respiratórias e vaginais, sêmen, fezes, urina e leite. Quando abrigada em locais com incidência de luz, podem sobreviver por vários meses, enquanto nas pastagens, sobrevivem por até dois anos. Os bezerros podem adquirir o microrganismo ao ingerirem leite infectado. A taxa de morbidade em bovinos situa-se em torno de 8 a 10% e a letalidade natural pode chegar a 50%.

A aquisição de animais infectados constitui a principal forma de introdução da tuberculose nos rebanhos.

Existem duas subformas da doença, quando a mesma se encontra em estágio generalizado:

  • Miliar: quando ocorre de forma abrupta e maciça, sendo encontrado elevado número de bacilos circulantes;
  • Protraída: esta é a mais comum; a disseminação ocorre por via linfática ou sanguínea, atingindo pulmão, linfonodos, úbere, ossos, rins, sistema nervoso central, disseminando-se por, praticamente, todos os tecidos.

Geralmente a infecção tem evolução crônica e muitas vezes não são observados sinais clínicos, mesmo quando há envolvimento de vários órgãos. Em estágios mais avançados pode ocorrer febre, inapetência, fraqueza e emagrecimento progressivo. Animais com comprometimento pulmonar podem desenvolver tosse e dispneia. O envolvimento do trato gastrointestinal pode ocasionar diarreia intermitente e constipação.

O uso da tuberculina é a única maneira de diagnosticar e prevenir a ocorrência de tuberculose em animais de produção. O imunobiológico, é considerado o grande pilar dos programas de controle de tuberculose em todo o mundo, sendo, uma estratégia de prevenção da doença e, consequentemente, aumento da produtividade do rebanho.

O diagnóstico da tuberculose bovina é feito a campo por meio do teste intradérmico da tuberculina. Todos os animais a partir de seis semanas devem ser submetidos a tuberculinização por médico-veterinário habilitado. Por se tratar de uma doença sem sinais clínicos evidentes, a tuberculina é a única maneira de diagnosticar a enfermidade no rebanho, e eliminar os animais positivos para evitar a disseminação da infecção. Os animais positivos devem ser eutanasiados na propriedade ou enviados para abate sanitário em abatedouros.

Limpeza e desinfecção do ambiente e exames clínicos em todos os animais e tratadores da propriedade deve ser realizado de maneira periódica.  Não há recomendação de tratamento para tuberculose em bovinos. A maioria dos casos não responde ao tratamento e contribui para o surgimento de cepas resistentes, além da eliminação de medicamentos no leite.

Prevenir e controlar essas doenças é a melhor forma de garantir a produtividade do seu rebanho e assim aumentar o lucro da sua propriedade.

A GEPEC, além de prestar os melhores serviços veterinários, oferece medicamentos, vacinas, vitaminas e testes, para manter os seus animais protegidos dessas doenças e tantas outras que podem infectar e prejudicar a recria e engorda do gado. 

Cuidar da saúde dos seus animais é primordial para o sucesso de sua propriedade, por isso, entre em contato conosco e conte a nossa equipe de veterinários para auxiliá-los no controle sanitário da sua fazenda.

 

 

Contato: (31) 9 9853-6718

 

E-mail: veterinarios@gepec.com.br

 

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