O agronegócio mineiro apresentou retração de 0,19% em julho. Ainda assim, o estado apresenta perspectiva de ligeiro avanço em sua participação no PIB do agronegócio nacional, estimada em 13,27%. Cabe ressaltar que esse percentual pode ser alterado devido à atualização das estimativas utilizadas neste estudo, tanto em nível nacional quanto estadual.

O desempenho negativo é influência principalmente do decréscimo verificado no ramo pecuário, de 1,07% no mês, frente ao crescimento de 0,84% do ramo agrícola. Pressionaram o resultado da pecuária os produtos lácteos e a proteína de origem suína. A pecuária representou 53,53% do agronegócio do estado para a projeção anual em junho/15, enquanto a agricultura, 46,47%.

Com relação aos segmentos, destaca-se o desempenho dos insumos, com alta de 1,77% no mês – elevação de 1,39% dos insumos agrícolas e, de 2,07% dos pecuários. Sobre o ambiente econômico, verificou-se um agravamento do cenário de crise diante das dúvidas do mercado quanto à capacidade do governo em promover medidas de ajuste e reequilíbrio das contas públicas.

Segundo o último relatório Focus de setembro, divulgado pelo Banco Central, o mercado prevê queda de 2,80% do PIB Brasileiro, ante a última revisão da expectativa oficial do governo de declínio em 2,44%. A expectativa de inflação continua elevada para 2015 (9,46%), assim como a taxa de câmbio prevista para o fim do ano (R$ 3,95/US$).

No agronegócio, já se percebe o desaquecimento econômico sobre alguns setores e as expectativas se mantém pessimistas e o Índice de Confiança do Agronegócio, elaborado pela FIESP e OCB, recuou 2,7 pontos na pesquisa do segundo trimestre de 2015. Nesse contexto de deterioração dos indicadores macroeconômicos, apenas a expectativa do dólar elevado gera efeito positivo sobre o agronegócio, tendo em vista o mercado externo.

O saldo da balança comercial brasileira se tornou positivo novamente desde junho, com grande influência de produtos do agronegócio na pauta exportadora. Porém ainda assim cabe ponderar o reflexo sobre os custos de produção, especificamente dos fertilizantes e defensivos, que utilizam matéria-prima importada.

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