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26/07/2016
Ministro viaja aos EUA para negociar comércio de carne bovina in natura
por: Adaptado de MAPA e Folha de São Paulo

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) está em missão nos Estados Unidos para viabilizar o comércio de carne bovina in natura entre os dois países. Junto com ele, estão o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, o chefe do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, José Luis Ravagnani Vargas, e o secretário substituto de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro e Silva. A viagem conta ainda com uma delegação empresarial, formada por representantes do setor produtivo de carnes e frigoríficos.

O Brasil já exporta carne bovina industrializada para os EUA. Em 2015, as vendas externas somaram US$ 286,8 milhões. Agora, o foco é a carne fresca e congelada. Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, a expectativa é incrementar as exportações brasileiras em US$ 900 milhões.

A viagem deve resultar na assinatura de um acordo sanitário que vem sendo negociado nos últimos anos. Em 2015, uma missão técnica veterinária norte-americana esteve no Brasil para fazer uma inspeção em frigoríficos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No início deste mês, foi a vez de fiscais agropecuários brasileiros visitarem frigoríficos no Texas, Iowa, Nebraska e Califórnia.

O acordo entre os dois países deverá ser assinado nesta quinta-feira (28), durante a reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos, em Washington. No mesmo dia, os empresários brasileiros da delegação se encontram com representantes do Meat Importers Council of the America (Conselho de Importadores de Carne da América), uma associação de classe norte-americana.

Durante a missão, Blairo Maggi tem outras reuniões agendadas. Uma delas é com representantes do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. A viagem termina nesta sexta-feira (30).

Embora o acordo represente vantagem econômica para o Brasil, no curto prazo o ganho tende a ser limitado, porque os EUA impõem cotas para as exportações brasileiras, enquanto o Brasil não impõe limites para a entrada de carne americana.

Os americanos distribuem suas cotas de importação entre os vários países aptos a exportar para eles. No ano passado, por exemplo, foram 736,6 mil toneladas. A Austrália ficou com 418,2 mil e a Nova Zelândia, com 213,4 mil.

Argentina e Uruguai têm 20 mil cada um, enquanto o Japão fica com 200 toneladas. O restante, 64.805, é dividido entre os demais exportadores que não têm cota definida. É nessa fatia que o Brasil entra.

No próximo ano, portanto, o Brasil venderá no máximo 64 mil toneladas para os americanos, se conseguir eliminar os demais concorrentes.

Considerando os valores médios da carne importada pelo EUA desse grupo de "outros países", que foi US$ 5.410 por tonelada no ano passado, o Brasil ganhará pouco mais de US$ 300 milhões se conseguir exportar 60 mil toneladas para os EUA, um terço do valor previsto pelo Ministério da Agricultura.

O valor médio da carne exportada pela Austrália ficou em US$ 6.000 por tonelada no ano passado, pouco acima dos US$ 5.500 do Canadá. Este último, além do México, não tem cota, devido a acordo comercial com os EUA.

O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, com vendas de US$ 6 bilhões no ano passado. Do total, 78% foram de carne "in natura".

Já as importações de carne dos EUA pelo Brasil não devem atingir valor significativo num primeiro momento. Devem ficar por volta de US$ 10 milhões por ano. Com o tempo, no entanto, esse valor deverá crescer. A carne premium tem mercado aquecido e ganha espaço no país.

Esse cenário poderá melhorar ainda mais quando houver uma retomada da economia e a elevação da renda reaquecer o consumo no país.

Além disso, o que hoje parece ser um nicho, poderá evoluir rapidamente, porque a produção nos EUA e as importações feitas pelo Brasil estarão nas mãos de uma indústria brasileira: a JBS.

Com unidades nos principais mercados de carne do mundo –Austrália e Argentina, além do Brasil e dos EUA–, a empresa será também importante nas exportações da carne do Brasil para os EUA. Terá a faca e o bife nas mãos.

 

Fontes:
MAPA: http://www.agricultura.gov.br/animal/noticias/2016/07/ministro-viaja-aos-eua-para-negociar-comercio-de-carne-bovina-in-natura
Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/07/1796156-eua-removem-barreira-a-carne-bovina-in-natura-brasileira.shtml

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