Começa no início do mês de novembro a segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa. Nesta etapa, serão vacinados bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias, na maior parte do País. Apenas na BA, DF, GO, MS, MG, RJ, RS, SE e TO serão vacinados animais de até 24 meses. A partir do próximo ano, Mato Grosso também terá calendário invertido

De acordo com Plínio Leite Lopes, auditor-fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a expectativa é de que sejam vacinados mais de 150 milhões de bovinos e búfalos em todo o país.

O único Estado que não participa da campanha é Santa Catarina, onde a vacinação é proibida por ser uma área livre de aftosa sem vacinação. Ainda não são áreas livres de aftosa o Amapá, Roraima, maior parte do território do Amazonas e duas zonas de proteção do Pará.

No ano passado, o Paraná divulgou a sua intenção de suspender a vacinação contra aftosa, mas recuou pelo fato de as obras previstas para as barreiras nas fronteiras do Estado não terem ficado prontas no prazo esperado.

Outro Estado que acenou com a possibilidade, Mato Grosso, pode alcançar o objetivo nos próximos anos. O Brasil doou 1 milhão de euros ao Fundo Mundial de Sanidade e Bem-Estar Animal, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que deve lhe garantir um assento com direito a voz e voto no corpo diretivo da organização. Metade desse valor foi aportado pelo Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa-MT). 

A última mudança de status no Brasil ocorreu em 2014, quando a OIE reconheceu AL, CE, MA, PB, PE, PI, RO e o norte do PA, como zona livre de febre aftosa com vacinação.

A febre aftosa favorece a ocorrência de mastite, provoca lesões nos cascos e prejudica a produção de leite, além de poder levar à morte os animais mais jovens. Com a vacinação, a doença está controlada no Brasil.

Campanha anual – No primeiro semestre de 2016, foram vacinados 167 milhões de animais em todo o País, resultando em um índice de vacinação de 98,13%. A maior cobertura de vacinação foi no Estado de Goiás, que teve 99,8% dos animais vacinados. Após a conclusão dessa segunda etapa, a expectativa é que de que pelo menos 210 milhões de bovinos e bubalinos tenham sido vacinados uma vez no ano.

Após a vacinação, o produtor deve ir até a agência de defesa sanitária mais próxima e regulamentar o seu registro. Para isso é necessário levar a nota fiscal de compra da vacina e o certificado que traz o número de animais vacinados por sexo e idade.

O calendário completo da vacinação contra aftosa pode ser acessado ao CLICAR AQUI.