O departamento de Corte Europeu da CRV Lagoa está sempre em busca de eficiência na produção de bovinos. Dessa forma, foi buscar genética nos Estados Unidos, um país que é referência quando o assunto é a raça Angus.

Segundo o gerente de produto Corte Europeu, Cristiano Leal, o Brasil abate um boi inteiro, suplementado a pasto ou terminado em confinamento, com média entre 18 e 22 arrobas. Para isso, é preciso ter animais extremamente precoces e com velocidade de ganho de peso; dessa forma, a empresa tem buscado esse produto nos EUA.

Mais de 70% do sêmen da raça Angus comercializado no Brasil provém de genética norte-americana. Todos os anos, a equipe técnica viaja aos EUA para contratar os melhores reprodutores para a melhoria da eficiência do rebanho nacional.

“Revisamos mais de 3.000 animais para pinçar os reprodutores que realmente vão contribuir para o nosso negócio, ou seja, animais de extremo ganho de peso, porém com precocidade, que vão colocar uma gordura de acabamento nas carcaças, para fazermos um animal diferenciado”, ressalta Leal.

Entre os destaques recentemente contratados está Connealy Flat Rock, um touro de 154 libras, top 1%, extremo para ganho de peso e top 5% para marmoreio, com gordura extremamente positiva. Outro touro, Cowman, é top 1% para peso, com gordura positiva e pesando 160 libras ao ano.

O principal destaque é Connealy Fortune, o número 1 da safra norte-americana, com 180 libras de peso ao ano. Trata-se de um touro de muito crescimento, com gordura na média e top 4% para marmoreio. É o animal mais completo da categoria, para o produtor que busca colocar mais desempenho e fazer uma carne com maior valor agregado com o fim de atender o mercado da carne de qualidade.


Connealy Fortune é o animal mais completo da categoria

Cristiano explica que estão trabalhando para manter o mesmo biotipo que vai de encontro à necessidade do produtor que, usando a genética da CRV Lagoa, terá a certeza de conseguir fazer um animal muito bem-acabado e eficiente, que não perde em ganho de peso. “Vamos conseguir colocar o peso que ele necessita na carcaça, somado a um bom acabamento”, destaca.

Para o próximo ano, a equipe de corte tem nova viagem marcada para os Estados Unidos, onde continuará a sua busca pelos melhores reprodutores, a fim de trazer a melhor genética para valorizar ainda mais o rebanho brasileiro.