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01/09/2016
Reconstituição do leite em pó na região da Sudene não traz benefícios ao produtor rural
por: CNA Brasil

Brasília (31/08/2016) – Produtores de leite da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) estão preocupados com a Instrução Normativa 26 de 2016, que autoriza, pelo prazo de um ano, as indústrias de laticínios sob inspeção federal a reconstituir leite em pó para produção de leite longa vida (UHT) e pasteurizado. Segundo eles, a medida não traz benefícios à classe, uma vez que favorece as importações de leite em pó, prejudicando a atividade brasileira. 

O assunto esteve na pauta da reunião da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nessa terça-feira (30/08), em Brasília. Os representantes da cadeia produtiva entendem que a Instrução, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), atende apenas os interesses da indústria e contraria à prática da produção primária. “A IN nº 26/2016 impacta negativamente o setor em um período de recuperação de preços e falta de incentivos”, afirmou o presidente da Comissão, Rodrigo Alvim.

A Comissão, junto com as Federações de Agricultura e Pecuária da região Nordeste, já protocolou ofício manifestando posicionamento contrário ao pedido da indústria láctea. De acordo com o documento, a Instrução “introduz um fator artificial nas relações de mercado do Brasil, pois a indústria importará todo o leite em pó a ser utilizado na produção do leite fluído. O governo levará muitos produtores a abandonar a atividade, ao invés de garantir o abastecimento da população via produção local”. 

A chamada Lei da Lactose, Nº 13.305 de 2016, também foi discutida no encontro. A norma obriga as indústrias a informar no rótulo da embalagem de produtos lácteos se eles contêm a lactose, caseína ou proteína do leite. “A lei pode inserir no mercado os consumidores que são intolerantes à lactose. É uma forma de diversificar o comércio e atender toda a população”, defendeu Rodrigo Alvim. 

Mapa da Qualidade do Leite – Durante a reunião, a Clínica do Leite do Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), lançou o “Mapa da Qualidade do Leite Produzido no Sudeste do Brasil”. O objetivo da publicação é contribuir com a construção de políticas públicas e programas de melhoramento da qualidade do leite. “O setor sempre demandou informações precisas sobre a situação atual do leite e sua evolução nos últimos anos. Trabalhamos de forma intensa para que pudéssemos ter um banco de dados sólidos e, a partir dele, gerar informações úteis para toda a cadeia”, explicou o gerente técnico e pesquisador da Clínica do Leite, Laerte Dagher Cassoli.

O Mapa é dividido em quatro edições sobre a Contagem de Células Somáticas (CCS) – indicador de sanidade da glândula mamária e da incidência de mastite nos rebanhos – composição do leite, contagem bacteriana e resíduos de antibióticos. O diagnóstico será composto por informações de indústrias de laticínios, que estão localizadas principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo. 

O Mapa da Qualidade conta com o apoio da CNA. “A partir desse projeto, teremos dados estatísticos mais precisos e uma análise mais completa de toda cadeia produtiva do leite. A Confederação entra como parceira, por reconhecer a necessidade das indústrias, sindicatos, cooperativas de obter informações da produção”, disse o Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi.

A publicação está disponível em formato digital, pelo site da Clínica do Leite. Outras informações pelo telefone (19) 3422.3631 Acesse: www.clinicadoleite.com.br

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